30 de jul. de 2007

Letras

Letras de música são esquisitas. Analisadas fora do contexto original (ou seja, longe da música), elas às vezes perdem sua força, às vezes ganham outros contornos, mas normalmente ficam diferentes de uma maneira ou de outra. Quantas vezes escutamos outra versão de uma canção que nunca nos chamou a atenção e, de repente, ao escutar aquela letra unida a uma outra melodia ou interpretada por outra voz, ela nos tocou de uma maneira única? E quando escutamos uma música cuja letra até já sabemos de cor, mas que nunca foi nada de mais, só que agora em um momento especial, em que as palavras cantadas dizem exatamente o que estamos sentindo ou o que queremos dizer?

Um outro aspecto é a letra que não faz sentido em si mesma. Explico: penso que toda a forma de expressão (música, filme, poesia, etc.) tem que possuir pelo menos uma lógica interna. Ferir essa lógica é o maior pecado que um autor pode cometer. Exemplos famosos não faltam: Marília de Dirceu, a musa inspiradora de Tomás Antônio de Gonzaga, ora é morena, ora é loira; no filme Dejà Vu, toda a lógica interna do filme vai para o espaço à medida em que ela é mostrada ao espectador. E na música, bem, na música, os exemplos são caudalosos. Fiquem com dois:

Um comentário:

Thiago F.B disse...

cara...muito afude esse vídeo!!!
abraço

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