30 de jun. de 2009

Interatividade total

Os videogames estão chegando a um patamar nunca dantes visto no quesito interatividade. Na primeira geração dos games, com o Atari, tínhamos o chamado joystick, com um "manche" e um ou dois botões. Depois, com o NES (ou Nintendinho), saiu o joystick e entrou o direcional, que dava mais precisão à jogabilidade. Ao longo do tempo, cada vez mais botões e direcionais foram sendo acrescentados aos controles, tornando os jogos mais e mais complexos, divertido e interativos.

Porém, depois do controle do Playstation 2, com oito botões (mais o Start e o Select), um direcional e dois minimanches, parecia que não tinha mais espaço para mais coisas em um controle de videogame. Logo, não seria mais possível evoluir na questão jogabilidade. Errado.

Em 2006, a Nintendo apresentou seu console de última geração, chamado Nintendo Wii, juntamente com o seu controle (ou um deles, na verdade), o Wiimote, que viria para revolucionar a forma com que os games seriam jogados a partir de então. Sem fio, o novo controle da Big N emula os movimentos do jogador, tornando a interatividade um fator chave para a diversão.



É claro que não tardou para que aparecessem os primeiros idiotas a jogar...



Parecia legal, mas não se sabia se a aposta funcionaria. Não é que funcionou? Rapidamente, o Wii tornou-se o console da nova geração mais vendido, atraindo milhares de pessoas que nunca haviam jogado nenhum game antes. Isso não deve-se apenas ao controle, mas também aos chamados "jogos casuais", feitos para um público que não quer passar dias na frente da TV para terminar um jogo, mas sim que pretende jogar um pouco com a família ou os amigos para se divertir. Bem, parece que essa rápida popularização do Nintendo Wii está mudando os paradgimas da indústria dos videogames.

Lançado no final de 2007, o Wii Fit é um jogo da Nintendo para o seu Wii que utiliza um outro "controle": a Balance Board, literalmente uma balança que serve para o jogador fazer uma série de exercícios e que pode até servir para ele entrar em forma. De novo, atingia-se um nível de interatividade nunca antes visto em um game.



Para a Big N a coisa não parou por aí: agora em junho, ela lançou o Motion Plus, acessório que, conectado ao Wiimote, torna a experiência de jogabilidade 1:1. Ou seja, TUDO o que tu fizer com o controle será captado pelo jogo, fazendo com que os movimentos sejam reproduzidos de uma maneira mais realista ainda. Por enquanto, a novidade pode ser conferida somente em quatro jogos (dois de tênis, um de golfe e um de vários esportes), mas vários outros já são aguardados para levar aos jogadores a impressionante capacidade de imersão que esse acessório proporciona.



"E as concorrentes?", tu te pergunta. Bem, a Sony (criadora dos Playstations 1, 2 e 3) está quieta no canto dela, só assistindo a tudo isso. Já a Microsoft, dona do Xbox e do Xbox 360, mostrou na última E3, maior feira de videogames do mundo, um trailer que deixou todos de boca aberta. Trata-se do Projeto Natal, que se sair do papel vai dar um passo gigantesco para que os videogames tornem-se coisas de ficção científica. Não vou falar mais sobre o projeto; vejam com seus próprios olhos:



Onde isso vai parar? Não sei. Só sei que estamos cada vez mais perto de ver algo como "O Vingador do Futuro" acontecer de verdade.

Crédito da foto: Shamoozal.

Mais um texto sobre o Irã

Seguindo esse clima de delírio, pessoas no twitter se perguntam o que teria acontecido se essa incrível ferramenta de lamentação em tempo real existisse na época do Massacre da Praça da Paz Celestial - quem sabe não pudesse ajudar a impedir a matança? A-lô-ou, ainda está rolando um massacre da Praça da Paz Celestial, a China executa todo ano os mesmos dois mil (segundo algumas fontes) que morreram no triste episódio. Ainda dá tempo, pessoal!

Pessoal, desculpa o recorta e cola, mas vou fazer o que se os caras que escrevem essas coisas são foda? O restante do texto do sempre genial Arnaldo Branco tu encontra aqui. Entra lá e lê, porque vale a pena!

Ah, e leiam os comentários também.

26 de jun. de 2009

Uma coisinha sobre as eleições no Irã

"Suponha que os EUA sofram uma ameaça de convulsão social como resultado da crise econômica, com protestos por todo o país ameaçando uma mudança de regime.

Suponha que a revolta seja inflamada via Facebook, Twitter e semelhantes.

Suponha que algumas redes de TV embarquem e façam edições fantasiosas dos acontecimentos.

O governo americano censuraria a Internet e cassaria concessões de TV?"

Do sempre ótimo Surra.org. Outra observação sobre o tema no mesmo blog, aqui.

25 de jun. de 2009

Imparciais

Pessoal, só pra avisar que estou com um projeto novo. Chama-se Imparciais, é composto por mim e pelo André do Cataclisma 14 e é um blog sobre um assunto muito debatido e discutido mas que, ao nosso ver, costuma ser tão mal escrito: futebol.

Nem tudo o que eu escrever lá vou postar aqui; portanto corram para lá para lerem avaliações cretinas de partidas monótonas, comentários terríveis sobre assuntos impertinentes e muitas outras barbaridades, neste blog que promete revolucionar o modo de escrever sobre futebol (tá, forcei um monte, mas mesmo assim vai lá e dá uma olhada no troço, tá?).

O link tu encontra aqui e ali do lado, nas Páginas Interessantes. E vê se bota nos favoritos, pô!

23 de jun. de 2009

Meio e fim

Todos nós somos seres históricos. Isso quer dizer que nossos atos são influenciados pela História e a influenciamos por meio dos nossos atos. Somos, também, limitados por ela (uma pessoa da Idade Média não dizia que avistava OVNIS, nós não falamos que vimos um dragão, etc.). Pois bem, podemos dizer que somos meio e fim para a História. Por meio eu quero dizer que é pela gente – e por nossos comportamentos, costumes, usos, linguagem, etc. – que se pode estudar como é (ou foi) a nossa época. Sabemos, por exemplo, que a década de 1980 foi de extremo mau gosto no quesito moda – na verdade, no quesito TUDO – por causa dos modelitos das bandas e atores da época. De certa forma, somos um meio para algo – nesse meu exemplo, um estudo tosco de História da Moda. Já por fim refiro-me ao fato de que somos isso que somos e ponto final – aí entra a limitação histórica à qual me referi anteriormente. Utilizando o exemplo dos anos 1980 novamente, as pessoas daquela época estavam limitadas pela moda da época; vestir uma camisa de flanela, por exemplo, era coisa de pobre, o que anos mais tarde, no início da década de 1990, seria a coisa mais fashion do universo. Logo, quem usava camisa de flanela não o fazia para ser fashion, mas por necessidade (ou seja, até esse comportamento aparentemente insignificante sofria as pressões do seu tempo).

Meio e fim já estão definidos por ora, ok. Agora, vamos para uma constatação mais prática: até que ponto certas obras podem ser consideradas como críticas do seu tempo, ou apenas como uma prova de que em determinada época se produziu tal coisa? Deixem-me explicar melhor, e com um exemplo. No Cinema, nos últimos dois anos, foram lançados dois filmes que sofreram duras críticas por serem porta-vozes de um determinado pensamento (o de que bandido bom é bandido morto e que nesses casos tudo é permitido para se acabar com o crime) e, ao mesmo tempo, elogios rasgados sobre como os dois eram críticos a – adivinhem – esse mesmo tipo de pensamento. Estou falando de O Cavaleiro das Trevas e Tropa de Elite.

Tirando a história e o gênero diferentes, esses dois filmes possuem pelo menos uma grande semelhança: apresentam uma cidade corrupta e dominada pelo medo, com pessoas muito más como antagonistas, e com um herói (anti-herói?) que, em nome da "ordem", se autoriza a fazer o que quer que seja para conter os seus inimigos – e é autorizado tanto pelas pessoas de bem de dentro do filme quanto pelas pessoas que o estão assistindo. E agora? Seriam os dois filmes exemplos de como está configurada a nossa sociedade, que de tanto medo parece hoje autorizar qualquer coisa em nome de uma determinada "ordem" – até mesmo a perda de liberdades individuais, vide o caso dos Estados Unidos na era Bush filho – e, portanto, fim, ou obras críticas, que tentam denunciar exatamente esse pensamento teoricamente ilógico de autorizar alguém para fazer qualquer coisa em nome de um bem maior – ou seja, um meio para a crítica à nossa sociedade?

Eu, particularmente, acredito na segunda opção – numa próxima postagem eu coloco meus motivos para acreditar nisso. E vocês, o que acham?

17 de jun. de 2009

Como atender uma ligação de telemarketing

Como primeira postagem da volta, um vídeo que dá uma sugestão do que fazer quando aquele cara chato do telemarketing ligar pra ti.


(Para quem tem dificuldade de entender as coisas sem uma explicação prévia, lá vai: trata-se de um programa de rádio em que os apresentadores estão falando sobre um comediante (Tom Mabe) que costuma gravar suas conversas com atendentes de telemarketing.)

I'm Back!

Bem, como vocês devem ter notado, o blog anda cheio de teia de aranha. Isso deve-se a vários motivos, entre eles o fato de eu ter passado o último mês em mudança (em muitos sentidos). Enfim, só pra avisar que estou voltando, ou seja, continuem aparecendo por aqui!

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