30 de set. de 2007

Músicas do Mês

Amy Winehouse - Rehab - Chega de falar dela só por causa das encrencas que ela causa devido às drogas - até a Courtney Love disse dias atrás que Amy é a maior drogada que ela conhece! Vamos falar de música, o que ela faz bem. Rehab faz parte do segundo álbum da moça, Back to Black, e fala - adivinhem - sobre seus vícios: ela recusou um conselho dos seus produtores para se internar numa clínica de reabilitação para alcoólatras. Mas o que me conquistou esse mês foi a melodia e o balanço da música; muito bem produzida, Rehab consegue tirar um ótimo proveito da excelente voz de Amy, que aqui parece irritada como em nenhuma outra canção sua.

Legião Urbana - Sete Cidades - Música não tão conhecida do megaconhecido disco As Quatro Estações, essa é uma das poucas músicas de amor felizes da Legião Urbana. Se ao longo de sua discografia existem canções de amor, quase todas têm um viés ou um trecho negativo - vide TODAS as músicas do Descobrimento do Brasil, por exemplo. Porém, Sete Cidades é uma declaração de amor que, se tem momentos mais pra baixo em sua letra ("Meu coração é tão tosco e tão pobre/Não sabe ainda os caminhos do mundo"), esses servem exatamente para exaltar a paixão, o amor. Junto com o instrumental feijão-com-arroz da Legião e a potente voz de Renato Russo, essa letra é testemunha de um dos raros momentos de otimismo na obra dos caras.

26 de set. de 2007

De Belo Horizonte a Miami no Google Maps

1 - Clique aqui e acesse a página inicial do Google Maps.
2 - Em baixo do campo de busca, clique em "Como Chegar".
3 - No Endereço de partida coloque
"Belo Horizonte".
4 - No Endereço de destino coloque
"Miami".
5 -
Clique em
"Como Chegar".
6 - Vá até a sugestão
43.
7 - Surpresaaaaaaaaa!!

Visto no Jacaré Banguela.

24 de set. de 2007

Normose

Mensagem que chegou a mim por e-mail, atribuída à Martha Medeiros. Independente do autor, mais um da série "textos que eu gostaria de ter escrito":

NORMOSE

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável e bem-sucedido. Quem não se "normaliza" acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o que de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?

Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha "presença" através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu "normal" e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu não sou filiada, seguidora, file, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera.

Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Simpsons cita o Cinema

Os Simpsons é um desenho imperdível por vários aspectos. Dentre eles, as inúmeras citações - sejam a respeito de literatura, cinema, pintura, etc. - presentes ao longo dos seus episódios são um destaque à parte. Se é verdade que ao longo das últimas temporadas a qualidade da série caiu, também o é que as referências externas continuam de muito bom gosto. E é com muita técnica que os seus roteiristas as incluem, visto que elas são colocadas de maneira que quem não as entende não se sente perdido - já que as citações são integradas à história, sem forçar a barra -, e quem as entende fica com uma sensação agradável por dois motivos: o primeiro por se auto-vangloriar intelectualmente por ter encontrado dentro do seu próprio cérebro a referência utilizada pelo roteiro, e o segundo por a partir daí se sentir mais integrado, mais cúmplice do episódio e da sua estória. Vejam alguns exemplos de referências e homenagens a filmes nesse site aqui.

23 de set. de 2007

Tempo

Esse post do Cataclisma 14 me fez pensar...

Realmente, o que mais falta na vida de uma pessoa é tempo; por mais que a gente o tenha, sempre fica a sensação de que ele é insuficiente para tudo o que queremos fazer. Eu vejo os cientistas gastando milhões de dólares para nos fazer morrer cada vez mais tarde - o que é uma saída possível para essa falta de tempo, viver mais -, mas penso que esse dinheiro todo poderia ser revertido para que fosse inventado algo para não dormirmos mais. Isso porque se o ser humano hoje em dia consegue passar dos 100 anos, ao chegar a uma certa idade já não consegue fazer as mesmas coisas da sua juventude, principalmente no que diz respeito a atividades físicas.

Tá, eu também adoro dormir. Poucas coisas se comparam à sensação de estar completamente destruído e com muito sono e poder encostar a cabeça no seu travesseiro, fechar os olhos e curtir o sono dos justos. Melhor ainda é poder dormir abraçado ao lado de alguém de quem se gosta. Porém, pensem comigo: se nós nunca dormíssemos e vivêssemos, sei lá, 60 anos, considerando que uma pessoa média dorme cerca de 8 horas - e considerando aqui, só pra ilustrar o exemplo, o sono como perda de tempo -, ganharíamos mais de 131 mil horas para aproveitar a vida. Isso dá 15 anos a mais, e sem os malefícios da velhice - 212 mil problemas de saúde, limitações físicas, preconceito, abandono, etc. Portanto, o ideal seria que inventassem algo que não nos fizesse dormir. Perderíamos essa sensação maravilhosa, mas ganharíamos um tempo extra no qual poderíamos desfrutar livremente.

Hum, mas pensando bem, sendo o ser humano o animal mais insatisfeito da face da Terra, mesmo esse tempo a mais não seria suficiente para ele aproveitar a vida. Ainda viveríamos achando que o tempo que temos não é o bastante para viver e repetiríamos a mesma choradeira que fazemos atualmente. Talvez o ideal seja adotarmos o já tão batido carpe diem e aproveitarmos as nossas vidas do melhor jeito possível, independente de quanto tempo ainda nos resta...

19 de set. de 2007

Programas ao vivo

Qualquer programa ao vivo é um programa de humor em potencial. Afinal, teoricamente tudo pode acontecer enquanto as câmeras estão ligadas. Vejam alguns exemplos divertidos no vídeo a seguir:

18 de set. de 2007

The Infinite Cat Project

A Internet tem cada coisa louca... Dá uma olhada nesse site. Nele, uma pessoa tirou uma foto de um gato, depois alguém tirou uma foto de outro gato olhando pra essa foto. Depois, alguém tirou uma foto de um terceiro gato olhando pra essa última foto. E assim por diante. Esse é o The Infinite Cat Project. Clica no link e depois fica clicando na seta do "next cat". Uma viagem...

Link

Sugestão de postagem interessante no Cataclisma 14. Vai lá!

17 de set. de 2007

Madrugada

Recebeu uma cartinha singela, com tantas palavras bonitas... Dentre elas, uma frase lhe chamou a atenção: "A madrugada me diz tanta coisa!"

Ele tratou de respondê-la, assim, de bate-pronto: "Uma madrugada dessas quero ficar acordado contigo pra ouvir tudo o que ela te diz... E ficar conversando, eu, tu e a madrugada, até o sol raiar, sobre qualquer coisa, sobre tudo e sobre nada, sobre nós. E de repente chegarmos à conclusão que a vida é realmente estranha, curta e injusta; mas que quando encontramos alguém especial, esquecemos de tudo isso e ela passa a ser uma viagem maravilhosa, cheia de luz e no tempo que tem que ser. E enquanto o sol for raiando e a madrugada lentamente for se despedindo da gente, nos deixando com aquela sensação de nostagia, nos abraçarmos um ao outro sem pressa alguma, como se o tempo não mais nos importasse, mas apenas as nossas palavras trocadas com a madrugada".

MD Recomenda

Recebi na sexta-feira um e-mail de um grande amigo, Marcel Bittencourt (com quem tive a honra de tocar na banda Eu, o Zé e os Cara), com um texto de sua autoria a respeito de um assunto que ainda não havia sido abordado por aqui. Gostei tanto do escrito que resolvi compartilhá-lo com vocês, com a devida autorização do seu criador:

Será?

Ontem sofri um choque. Aconteceu uma daquelas clássicas cenas de cinema, onde um personagem fica parado, boquiaberto, chocado com uma cena trágica. Infelizmente existiam duas diferenças ali: a notícia era real e o personagem era eu. E você. E todos os brasileiros.

Entrei no supermercado e passei o olho no jornal, que estampava em letras garrafais: "CALHEIROS ABSOLVIDO". Não pude acreditar. Tentei ler de novo. E de novo. E mais uma vez, num último e inútil fio de esperança. Mas não, estava ali, estampado na capa de um jornal popular e escancaradamente exposto pra quem quisesse ver.

Isso me levou a fazer uma pergunta: Será?

Será que temos que passar por esse tipo de constrangimento? Primeiro, revistas de grande circulação denunciam o que todos já sabiam, só não tinham como provar. Depois, o Senado tem a capacidade de questionar se a seção deveria ser aberta. Lógico!!! Óbvio que tinha que ser aberta! Nós, eleitores, que teclamos "confirma" e botamos os senadores lá temos o direito de saber como se posicionam nossos senadores numa situação crítica e importante como essa. Depois decidem pela seção fechada, pela cortininha que esconde a obscenidade, pelo pano debaixo do qual são tomadas as decisões políticas desse país. E, por fim, resta a notícia a qual ninguém gostaria de ser obrigado a ler, ouvir, assistir, comentar e, principalmente, ser submetido: Ele foi absolvido.

Será que os senhores que compõem o senado federal acham mesmo normal uma pensão alimentícia de quase R$20.000,00?

Será que os senhores que compõem o senado federal acreditam que ele é mesmo inocente?

Será que os senhores que compõem o senado federal não vêem nada de anormal no crescimento do patrimônio pessoal do senhor Renan Calheiros?

Será que os senhores que compõem o senado federal pensam que daqui para frente aquela instituição terá algum respeito do cidadão brasileiro?

A resposta para todas as perguntas até aqui expostas é NÃO!

O que aconteceu naquela seção fechada, gravada para arquivo histórico, mas que ninguém tem acesso, foi a celebração da corrupção, do jeitinho brasileiro, da total desconsideração pelas palavras "respeito" e "ética". Imperou o poder velado de uma imensa rede de rabos presos.

A seção fechada foi para que os eleitores não pudessem reconhecer os cúmplices de Renan. E essa decisão foi talvez a que mais machucou o povo brasileiro. Povo honesto e lutador, mas hoje indignado com a decisão, impotente diante do absurdo e humilhado pelas mesmas pessoas a quem confiou um mandato de oito anos.

E, não bastasse tudo isso, veio o "grand finale", a cereja do bolo, a humilhação-mor: o próprio Renan, em pura ironia e escárnio, se pronunciando sobre a absolvição classificando o ocorrido como "uma vitória da democracia".

Será que será sempre assim? Gosto de ser otimista, mas confesso que depois desse episódio ficou bastante difícil.

E quanto às próximas eleições, lembrem de, por segurança, não votar em NENHUM dos senadores que estão lá. Afinal, se não nos deixam ver quem é honesto e quem é pilantra, não temos escolha, senão julgar todos da mesma forma: cúmplices do presidente da Casa.

Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?

Marcel Bittencourt
Músico

14 de set. de 2007

Economic Shock Treatment

"Only a crisis actual or perceived produces real change" (Somente uma crise atual ou percebida produz mudança real).
Milton Friedman

A escritora, jornalista e ativista política Naomi Klein está prestes a lançar "The Shock Doutrine: The Rise of Disaster Capitalism" (A Doutrina de Choque: O Nascimento do Capitalismo de Desastre). Nele, a autora estabelece um paralelo entre os supostos benefícios do tratamento com eletrochoque em doentes mentais, que muitos médicos adoravam e que a CIA se utilizou para interrogar suspeitos, e as idéias do economista norte-americano Milton Friedman, um dos grandes ideólogos do neoliberalismo. Friedman foi um dos responsáveis pelo sucesso neoliberal de governos como os de Thatcher e Reagan, que fizeram a festa das elites econômicas em troca de um severo arrocho para as classes mais baixas da população. Os médicos viram que os pacientes psiquiátricos, após levarem um bom choque, ficam com um comportamento mais "infantil", ficando mais suscetíveis às ordens médicas. O pessoal da CIA percebeu que as pessoas, depois de torturadas, costumam ficar em choque, o que as torna mais vulneráveis a aceitar ordens (como por exemplo, a abrir o bico). E parece que isso não serve só para indivíduos, mas também para sociedades.

Segundo a teoria da autora, os melhores momentos para os governos implementarem práticas políticas que servirão apenas a poucos ricos seriam aqueles em que existe uma forte crise perceptível; então, a sociedade estaria em uma situação de choque tão grande que levaria tempo para se recuperar. Durante esse tempo de recuperação, estaria pronto o cenário para que os governos pusessem em prática quaisquer medidas mais ou menos embasadas sob o véu de reformas necessárias ou algo que o valha, mas que na verdade só beneficiam uma elite. Friedman chamou sua teoria de Economic Shock Treatment (Tratamento de Choque Econômico, mas Klein prefere chamá-la de The Shock Doutrine (A Doutrina do Choque).

É o que vem acontecendo atualmente nos EUA, por exemplo; desde o atentado às torres gêmeas, o governo Bush pôde, através de uma ação baseada no terror coletivo em que a população americana se enfiou, implantar uma série de políticas que, ao mesmo tempo em que restringiram a liberdade e os direitos dos cidadãos, estabeleceram lucros enormes a poucos sortudos amigos (inclusive a sua família e o vice-presidente Dick Cheney), através do que a autora chama de "a maior guerra de privatização" no Iraque. E não são poucos os cidadãos americanos que apóiam o seu presidente. No fim, autora alerta: "Information is shock resistance. Arm Yourself" (Informação é resistência ao choque. Arme-se.).

Por que estou escrevendo sobre isso? Em primeiro lugar, porque esse é mais um livro que eu quero ler (já são tantos que eu nem sei o que fazer...). Em segundo lugar, porque vou escrever nos próximos dias um post sobre as minhas primeiras experiências em sala de aula e vou acabar retornando a esse assunto (parece que não tem a ver, mas acredito que existe uma grande relação entre os assuntos).

Como prévia, fiquem com um curta metragem produzido e escrito pela autora e por Alfonso Cuarón (aquele do excepcional Filhos da Esperança) e dirigido pelo filho do cara, sobre o livro. Ele está em inglês, mas mesmo quem não entende vai ter uma boa idéia do que se trata.


Utilidade Pública II

Já escrevi sobre isso, mas recebi um e-mail que, juntamente com as suas respostas, ajuda na questão. Reproduzo eles aqui:
1ª parte - o e-mail original:

A POLÍCIA PEDE PARA REPASSAR PARA O MÁXIMO DE PESSOAS!!!!
Até onde vai a maldade do ser humano?

O ÚLTIMO CASO OCORREU COM UM GAROTO DE 15 ANOS, NO RIO DE JANEIRO!

Ele estava voltando para casa, quando ouviu um bebê chorando dentro de uma construção. Ao entrar e se aproximar da criança, ele recebeu uma tijolada na cabeça e desmaiou. Algumas horas depois ele se encontrava vendado no porta-malas de um carro em movimento. Depois, num galpão,ainda vendado, foi posto um pano contendo uma substância química, em seu nariz e boca, para que ele desmaiasse. Os seqüestradores ligaram para a família do garoto pedindo uma certa quantia para o resgate. Como a quantia foi paga, os seqüestradores jogaram o menino amarrado, em plena madrugada, em frente casa da família(tudo indica que eles já perseguiam o garoto há tempos ). A família encontrou uma estranha cicatriz na barriga do menino e o levou para o hospital, para que os médicos lhe examinassem. A surpresa foi que lá dentro (da barriga do garoto) foi encontrado um bilhete plastificado com a seguinte frase: "O dinheiro pode salvar a vida de seu filho, mas não pode poupá-lo da morte...". Depois de alguns exames, descobriram que o garoto estava infectado com várias doenças, como: Tuberculose, Mal de Chagas e até HIV positivo! O garoto se lembra de ter levado picadas no corpo que seriam, supostamente, seringas contendo tais doenças!

12 CASOS SÓ NO ESTADO DE SÃO PAULO. A POLÍCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO JÁ ESTÁ AVISANDO A POPULAÇÃO: NÃO PASSE EM FRENTE CONSTRUÇÕES OU CAÇAMBAS DE LIXO. A MAIORIA DOS RELATOS CONTAM QUE TAL FATO ACONTECE NO PERÍODO NOTURNO, PRINCIPALMENTE COM CRIANÇAS OU ADOLESCENTES DE 13 A 20 ANOS. CASOS COMO ESTE, ESTÃO OCORRENDO PELO BRASIL INTEIRO, PRINCIPALMENTE EM BAIRROS NOBRES. A POLÍCIA PEDE A TODOS PARA FICAREM ATENTOS, PRINCIPALMENTE EM RUAS ESCURAS. CASOS COMO ESTE OCORREM TODA SEMANA, ACREDITAM QUE O TAL BEBE CHORÃO POSSA SER FILHO DOS SEQÜESTRADORES OU ATÉ MESMO NÃO EXISTAM, SENDO APENAS VOZES DELES. EXISTEM CASOS QUE VARIAM COM MULHERES CHORANDO. ISSO NÃO É BRINCADEIRA. - O AVISO É SÉRIO E DEVEMOS FICAR ALERTAS NAS RUAS! A POLÍCIA ALERTA: PASSE ESTA MENSAGEM ADIANTE PARA TODOS COM QUEM VOCÊ SE IMPORTA. QUANTO MAIS SE ESPALHAR, MAIS CHANCE TEMOS DE VENCER CONTRA ESTAS TERRÍVEIS PESSOAS.

SE ENVIAR P/ 1 PESSOA ELA PODE ENVIAR P/ 1000.

AI VC JA FEZ A SUA PARTE.

Resposta 1

Resposta 2

12 de set. de 2007

11 de setembro (2)

Não sei se já vi coisa mais tosca do que isso na minha vida. Trata-se de um tributo às vítimas do atentado ao World Trade Center, feita pelo artista(?) equatoriano Delfin Quishpe, chamado "Torres Gemelas". Alguns pontos do vídeo me chamaram a atenção:

- o excelente figurino;
- a maravilhosa atuação e dublagem de Delfin, que passa a energia e a emoção necessárias para que nos envolvamos com a sua maravilhosa canção;
- o bom gosto no tema, que trata de uma trágica história de amor que serve também como homenagem àqueles que morreram em 11 de setembro de 2001;
- as maravilhosas montagens em croma-key, que lembram os melhores momentos do Chapolim;
- a letra totalmente excelente, que inicia com gritos e termina com... gritos;
- o atraso na dublagem, que facilita um monte a compreensão da mensagem.

Com vocês, Delfin Quishpe:

11 de setembro

Da série "Textos que eu gostaria de ter escrito":

Impossível não escrever sobre o 11 de setembro.
Uma data que marca um atentado contra todas as liberdades possíveis dos povos.
Mancha de sangue a história da humanidade.
E passa a ser um marco para um novo mundo que a procede.

Em 11 de setembro de 1973 morria assassinado Salvador Allende - um presidente socialista eleito democraticamente pelo povo chileno.
Estava, então, se consolidando o projeto imperial estadunidense para a América Latina.

Allende assumiu a presidência e tentou socializar a economia chilena, com base num projeto de reforma agrária e nacionalização das indústrias. A sua política, a chamada "via chilena para o socialismo", pretendia uma transição pacífica para uma sociedade mais justa, de raiz socializante. Nacionalizou os bancos, as minas de cobre e algumas grandes empresas.

Pronto.
Essas atitudes foram o bastante para que a besta do capitalismo vociferasse contra Allende:
Não vejo porque é que precisamos de ficar a assistir a um país a tornar-se comunista devido à irresponsabilidade do seu próprio povo. As questões envolvidas são demasiado importantes para deixarmos os eleitores chilenos decidirem por si próprios.
Essa frase do assesor de lúcifer, Henry Kissinger, selava de vez o caminho para uma política social mais justa e demarcava o início de um longo período de sangue para os chilenos, sob a batuta do General Pinochet.
E essa foi a história de toda a América Latina.
E é, hoje, a história do mundo.
É isso que o 11 de setembro marca.
O aniversário do ataque à soberania de uma nação, à soberania dos povos.
Nem foi o primeiro, nem o único, mas, pois sim, simbólico.

Retirado do Alma da Geral.

11 de set. de 2007

Vídeo do Dia

Um vídeo da série "assistir e dizer 'ah... que coisa mais linda...'"



Atenção: Não veja os vídeos do lado, lá no Youtube, chamados "Japonesa Linda Melodia" e "Japonesinha Cantando". Eu avisei.

Photoshop, que beleza!

A tecnologia é algo realmente incrível. Encurta distâncias, nos permite fazer coisas jamais sonhadas pelos nosso antepassados, nos libera de várias tarefas chatas e ingratas. Porém, como sempre tem um ser humano por trás dela, isso pode ser também ruim. Tecnologia bélica é um exemplo óbvio para o caso, mas prefiro me ater a um outro: o efeito do Photoshop na sociedade ocidental.

Desde que foi criada, a manipulação digital de imagens (mundialmente conhecida pelo nome do software desse tipo mais conhecido, o Photoshop) provou ser de uma utilidade sem precedentes: nunca foi tão fácil criar verdadeiras obras-primas, seja em anúncios publicitários, seja na confecção de áreas de trabalho para divertir a galera. Já existe até site que faz concursos de imagens "photoshopeadas" e artistas cujas obras são exclusivamente feitas através do programa.

Na contramão de tantas vantagens, o Photoshop proliferou a falsificação de fotos, desde fotos humorísticas até aquelas de espíritos. Recentemente, o portal do UOL pediu para internautas mandarem alguma foto do acidente do avião da TAM, caso tivessem. Acabaram recebendo e publicando uma foto-montagem de algum engraçadinho.

Mas para mim, a pior conseqüência do Photoshop é aquela que está atrelada a uma maldição contemporânea: a escravidão da moda. As revistas em que mulheres lindíssimas aparecem na capa ou no miolo - e não falo só da Playboy, apesar dessa ser sempre a mais lembrada - exercem um fascínio impressionante no imaginário de homens e mulheres: para os leitores em geral, essas modelos representam um padrão ideal de beleza a ser alcançado, conquistado ou imitado. E quem não é assim não é um vencedor, não pode ser feliz e tem algum problema - come demais, se exercita de menos, etc. Não é à toa que muitos currículos pedem obrigatoriamente uma foto anexada a eles. Sugestão: usem photoshop e sejam contratados.

Na área de cosméticos, as mulheres correm para comprar tudo que é tipo de produto de beleza: existe hoje em dia uma infinidade de cremes específicos para cada parte do corpo (daqui um tempo vai ter creme para dedo médio, creme para dedo indicador...). Não bastando isso, o mercado percebeu que havia muita gente que não comprava produtos de beleza e inventou a figura do metrossexual, preenchendo a última fatia de consumidores que faltava - a última não, quando o mercado estiver saturado provavelmente vão criar cremes para os dedos das mãos de bebês metrossexuais.

Na área da ginástica, proliferam novos métodos de "entrar em forma", que há muito tempo não é mais sinônimo de ser saudável, mas sim de moldar o corpo em determinadas formas. Já não basta mais caminhar ou correr ou fazer abdominais; agora temos que fazer academia e ter um personal trainer e fazer ioga e também algum método chinês. Ah, e é sempre bom comprar aquele cinto para perder peso sem esforço, aquele do comercial da TV.

Na área da nutrição, a bagunça está criada. Com a proliferação de revistas com manchetes do tipo "Perca 10 kg em um mês com a dieta do aipim que a atriz Nicole Nogueira recomenda", praticamente todo mundo virou um expert em nutrição. Isso gera avaliações completamente distintas de um mesmo alimento: se hoje o ovo é um vilão por causa do, sei lá, colesterol, amanhã comer ovo já será bom por causa do, sei lá, colesterol. Se há vinte anos existia a gordura da picanha (visível e, por isso, facilmente evitável), a industrialização de produtos alimentares gerou uns 212 tipos de novas gorduras, sendo que a mais perigosa é a temida gordura trans (que por sua vez já tem várias ramificações). Hoje em dia, comer bem é comer pouco. De preferência, nada. Aliás, agora é o momento ideal de algum espertinho começar a ministrar um curso de como se alimentar com luz.

Isso sem contar as coisas que não pertencem a nenhuma dessas áreas, tipo "não sorrio muito para não ter rugas amanhã", ou "preciso urgentemente colocar silicone nas axilas(?)". Enfim, tudo para podermos alcançar aquele padrão de beleza estampado nas revistas. Porém, esquecemos - ou fingimos esquecer - que aquele padrão, além de ter sido escolhido como padrão ideal, é totalmente falsificado.

Vejamos as duas características apontadas do padrão atual de beleza:

- é um padrão escolhido porque isso é uma escolha, não existe um padrão de beleza naturalmente ideal para o ser humano. Nosso padrão é baseado em grande parte no modelo da Antigüidade Grega, mas não podemos esquecer que existiram - e existem - vários outros modelos em outras épocas e culturas. Quem não lembra das gordinhas da Renascença?

- é um padrão falsificado porque as fotos que mostram esse modelo são todas adulteradas por meio digital, recebendo um tratamento que as tira do mundo real e as transportam para um mundo idealizado, que não pertence a nenhum ser humano, nem mesmo às modelos das fotos. Quer uma prova dessa última afirmação: veja as fotos abaixo. As primeiras são da campanha publicitária e as outras são da modelo real (a atriz filipina Angelica Panganiban). Provavelmente até ela deseje ter o corpo da modelo da campanha...



É importante cuidar do corpo. O problema é que na nossa sociedade isso virou prioridade de uma maneira torta, falsa e que serve para enriquecer uma pá de gente. Muitos homens e mulheres há tempos deixaram as suas qualidades soterradas em pilhas de barras de cereal, botox, bicicletas ergométricas e quilos de silicone. Simplesmente deixaram de ser eles mesmos para tentarem ser alguém que não existe.

Por último, um vídeo antigo, mas educativo, do potencial do Photoshop:


6 de set. de 2007

Que viagem!

Estarei em São Paulo até segunda. Portanto, sem novas postagens até lá. Enquanto isso, aproveitem os links aí do lado e as postagens antigas no arquivo. Até logo!

5 de set. de 2007

Mágica

Um pouco de diversão pra vocês...

4 de set. de 2007

Alteridade zero

Na aba do livro Roberto Marinho, de Pedro Bial, existem informações sobre o autor. Entre elas consta que ele é "tricolor de coração". Pô, beleza, agora dá pra me dizer qual é o time do cara? Porque existem uns 212 mil times no Brasil que são tricolores...

Luciano, o filósofo

Coluna do Adubo de Rosas, clique no link.

3 de set. de 2007

Antes do Pôr-do-Sol

Atenção: esse post contém spoilers. Caso não queira saber o rumo do filme, não o leia.

Antes do Amanhecer, lançado em 1995, é um filme belíssimo que conta a história de Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy), que se conhecem em um trem na Europa e acabam se apaixonando. O problema é que ele vai voltar para os EUA e ela para Paris, mas ao se despedirem combinam de se encontrar seis meses depois, em Viena, sem ao menos trocarem os telefones. O que a história tem de mais interessante é o fato de que o casal se apaixona através de uma gostosa e intensa conversa ao longo de todo o filme. Repleto de diálogos inteligentes e cheios de reflexão, o filme elabora um perfil realista dos protagonistas e desenvolve uma história simples, mas comovente, através de um fiapo de história.

Antes do Pôr-do-Sol foi lançado nove anos depois do seu antecessor e se passa justamente nove anos depois, quando Jesse está em Paris para a divulgação de seu livro (que fala justamente sobre os acontecimentos de Antes do Amanhecer) e acaba reencontrando Celine. Mais uma vez com pouco tempo disponível - o avião de Jesse parte em pouco mais de duas horas -, os dois então desenvolvem outra vez uma conversa interessantíssima, passando por vários temas em que mostram a sua visão de mundo e se percebem ainda apaixonados um pelo outro. Logo no início já ficamos sabendo que eles não se encontraram em Viena, conforme haviam marcado; a avó de Celine, muito querida por ela, fora enterrada exatamente no dia combinado, e apenas Jesse compareceu ao encontro - levando um cano monumental.

Aqui a história é contada em tempo real, o que, juntamente com a coincidência dos nove anos de distância entre o filme e os acontecimentos, causam uma impressão metalingüística que aproxima mais ainda o enredo de um fato real. Isso é auxiliado também através da excelente química entre os dois protagonistas, que passam o filme todo juntos e conversando por longos e belos planos. Aliás, a direção é discreta na medida certa, limitando-se a testemunhar uma bela - mas até certo ponto melancólica - história de amor: após nove anos, ambos percebem-se ainda apaixonados, mesmo tendo se conhecido por tão pouco tempo - ou por causa disso (chego nisso daqui a pouco). Por outro lado, ela agora namora um fotógrafo de guerra e ele está casado e tem um filho. Porém, ambos sentem-se deslocados das suas relações, e em vários momentos eles parecem querer dizer um para o outro algo do tipo: "só vai dar certo se for com você", mas nunca o fazem.

Esse é um ponto muito legal no filme: mais importante do que o que um faz pelo outro ao longo da projeção é o que eles não fazem: em vários momentos, percebemos a vontade não efetuada de tocar o outro; em outra ocasião, Jesse pega Celine no colo apenas para soltá-la logo em seguida, ambos encabulados por parecerem ter passado dos limites. Nesse caso, a ausência fala mais do que a presença.

As questões filosóficas abordadas no filme dariam vários parágrafos - desde questões isoladas como o quanto a ausência de publicidade e incentivos ao consumismo afetam a nossa criatividade e o nosso modo de viver até um futuro novo livro de Jesse, com uma premissa muito interessante -, mas vou me ater só na relação entre os dois. Já perto do final da película ele chega à conclusão de que caso a avó de Celine tivesse morrido dias antes ou dias depois da data do encontro tudo seria diferente nas suas vidas; é como se eles fossem feitos um para o outro - mesmo ambos não acreditando nisso -, mas que por azar, destino ou sei lá o que, tivessem sido afastados definitivamente pelo próprio rumo que suas vidas tomaram, ao não conseguirem mais se encontrar - e eles não tinham nem ao menos o telefone ou o sobrenome do outro.

Porém, o final chega dúbio e, de certa forma, redentor, estabelecendo uma das duas ótimas rimas temáticas do filme (a outra abordarei mais abaixo): no início da projeção, quando está sendo entrevistado por ocasião do lançamento do livro, Jesse é perguntado sobre qual é o destino de seus personagens, já que o fim da sua obra é deixado em aberto. A resposta gira em torno de permitir ao leitor o estabelecimento de um final próprio: assim, um leitor cínico pensaria em um final mais "real", enquanto um mais apaixonado imaginaria um final feliz, no melhor estilo "... e viveram felizes para sempre". Pois bem, o fim de Antes do Pôr-do-Sol vai exatamente ao encontro dessa premissa; a resposta para o que acontece com eles está na cabeça - e no coração - de cada um que o assiste.

O fato de pensarem que são feitos um para o outro - apesar de não dizerem explicitamente isso, ao longo do filme essa impressão parece clara neles - não os exime de problematizar a questão: será que eles pensam isso exatamente por não terem se conhecido por mais tempo? Será que se eles tivessem se encontrado seis meses depois e começado a namorar não teriam terminado logo depois? Mais uma vez, a resposta cabe apenas à interpretação que cada um fará das perguntas que o filme lhe atiça, e isso é sempre um feito louvável em um filme.

Quanto à outra rima temática, essa é feita com o primeiro filme; enquanto Antes do Amanhecer terminava mostrando os locais em que o casal havia passado, completamente vazios, reforçando o tom de melancolia do seu final, Antes do Pôr-do-Sol inicia com os lugares em que Jesse e Celine irão passar, causando uma sensação de expectativa em torno de como esses pontos serão preenchidos pelos dois - e, conseqüentemente, em como será a resolução do seu romance.

Enfim, a dupla de filmes de Richard Linklater se mostra uma ótima história que suscita vários questionamentos ao espectador, o que evidentemente torna a experiência de assisti-la não só um mero passatempo, mas também uma reflexão sobre a vida - e de uma forma muito sensível.

FICHA TÉCNICA

Antes do Pôr-do-Sol - 2004 - Nota A
Direção: Richard Linklater. Roteiro: Richard Linklater, Julie Delpy e Ethan Hawke. Com: Julie Delpy e Ethan Hawke.

1 de set. de 2007

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Começou hoje a 6ª Bienal do Mercosul aqui em Porto Alegre, reunindo 250 obras de 67 artistas do mundo todo. Por causa disso, retorno com esse post não tão antigo assim...

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