Net Neutrality
Ainda falando sobre o cinzento futuro da pretensa revolução democrática que a Internet poderá oferecer para a humanidade nos próximos anos, é importante citar um debate acirrado em torno de um assunto que se convencionou chamar "Net Neutrality". O assunto é tão convenientemente obscuro por aqui que nem nome em português tem direito: em alguns lugares se usa o termo "Neutralidade da Internet", mas mesmo assim ainda não é consensual. Aliás, não é obscuro só por aqui, mas no mundo todo, pelo menos entre o que se pode chamar de "senso comum da Internet", ou seja, os usuários padrão - aquele que lê blogs, e-mails, joga, essas coisas. Mas o que diabos é isso? O conceito é teoricamente simples: todos os sites devem ser tratados da mesma forma. De maneira porcamente simplificada, ela envolve uma tentativa advinda das grandes empresas de telecomunicação e que tem como objetivo estabelecer dois andares para a Internet: o de cima como categoria preferencial, e o de baixo, com "o resto" - literalmente. A categoria preferencial teria acessos preferenciais em relação ao tráfego de informações, funcionando muito mais rápido do que os de baixo. As definições de quem fica em cima e quem fica em baixo seriam feitas pelas empresas de telecomunicação através de critérios econômicos, nos quais basicamente quem pagar mais terá o acesso mais privilegiado. Na prática, o andar de cima ficaria destinado apenas para as grandes empresas e mega portais, que teriam prioridade no tráfego de informações, passando por cima das informações lançadas por pequenas empresas, blogs, sites de compartilhamento de conteúdo, etc.
Com isso diríamos adeus ao sonho de ter enfim algo realmente democrático no planeta. Mas por quê? Simplesmente porque atualmente todos têm acesso igual à Internet. A diferença só existe na banda de cada um, o que é uma coisa pessoal, que tem a ver com o plano que se escolhe para o acesso à rede. Isso significa que você escolhe o que quer ver, na hora em que quer. Caso essas alterações sejam implantadas, serão as grandes empresas de comunicação que poderão escolher quem - e o mais importante - e O QUE - vai ter prioridade, independente da banda que o usuário tem. Até o Google já se manifestou sobre o assunto.
A discussão atualmente está mais concentrada no nível político americano. Isso porque está em tramitação no congresso dos Estados Unidos um projeto de lei que pretende regular o assunto. Como qualquer alteração nas leis referentes à internet feitas nos EUA deve influenciar a legislação em nível mundial, é importante estar atento ao debate de lá. E conhecendo a atual política conservadora e altamente tendenciosa em favor das grandes corporações que ajudam o governo americano, não é muito difícil prever um futuro nebuloso para a Internet, a não ser que um milagre acontecesse e a grande comunidade virtual se unisse. Infelizmente, o assunto é convenientemente mal divulgado e os usuários da Internet - como a sociedade em geral - encontram-se dispersos e desarticulados.
Em suma, cito um trecho esclarecedor de um artigo sobre o tema: "este quesito -de neutralidade- será objeto de uma gigantesca tentativa de manipulação, nos próximos anos, por todo tipo de agente de grande porte, centralizador, que tem interesse em inserir de volta, na internet, o modelo do programador central, que “sincroniza” a sociedade ao seu redor. o impacto da internet na mídia [e nas empresas] clássica[s] vem do seu poder de conectar as pontas, as beiras, em velocidade e qualidades que só estavam disponíveis, em passado bem recente, para o centro".
É, acho que eu não sou tão pessimista assim...
Com isso diríamos adeus ao sonho de ter enfim algo realmente democrático no planeta. Mas por quê? Simplesmente porque atualmente todos têm acesso igual à Internet. A diferença só existe na banda de cada um, o que é uma coisa pessoal, que tem a ver com o plano que se escolhe para o acesso à rede. Isso significa que você escolhe o que quer ver, na hora em que quer. Caso essas alterações sejam implantadas, serão as grandes empresas de comunicação que poderão escolher quem - e o mais importante - e O QUE - vai ter prioridade, independente da banda que o usuário tem. Até o Google já se manifestou sobre o assunto.
A discussão atualmente está mais concentrada no nível político americano. Isso porque está em tramitação no congresso dos Estados Unidos um projeto de lei que pretende regular o assunto. Como qualquer alteração nas leis referentes à internet feitas nos EUA deve influenciar a legislação em nível mundial, é importante estar atento ao debate de lá. E conhecendo a atual política conservadora e altamente tendenciosa em favor das grandes corporações que ajudam o governo americano, não é muito difícil prever um futuro nebuloso para a Internet, a não ser que um milagre acontecesse e a grande comunidade virtual se unisse. Infelizmente, o assunto é convenientemente mal divulgado e os usuários da Internet - como a sociedade em geral - encontram-se dispersos e desarticulados.
Em suma, cito um trecho esclarecedor de um artigo sobre o tema: "este quesito -de neutralidade- será objeto de uma gigantesca tentativa de manipulação, nos próximos anos, por todo tipo de agente de grande porte, centralizador, que tem interesse em inserir de volta, na internet, o modelo do programador central, que “sincroniza” a sociedade ao seu redor. o impacto da internet na mídia [e nas empresas] clássica[s] vem do seu poder de conectar as pontas, as beiras, em velocidade e qualidades que só estavam disponíveis, em passado bem recente, para o centro".
É, acho que eu não sou tão pessimista assim...
2 comentários:
Eu não estava enteirado do assunto...mas lendo um pouco sobre...é realmente de ficar preocupado...mas não acho q isso seja algo que cause surpresa. Afinal, quem tem algum ou um grande domínio sobre a "midia" não vai ceder assim tão facilmente à um regime mais "democrático" e menos "lucrativo".
Abraço....
Faloooooooow.
PS: cenas bizarras domingo à noite...feche bem a janela do seu quarto!!!
hehehehehehehehehe
Sempre tem que ter um ser humano no meio pra estragar tudo.
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