3 de fev. de 2008

São Paulo II

- Cinema: aqui tem muitos cinemas, muitos mesmos, a maioria em centros culturais e com os nomes dos patrocinadores (tem até um “Cine Bombril”). Os Multiplex têm muitas salas e não passam só blockbusters, há sempre pelo menos uma sala com um filme europeu ou mais “cult”. O problema é que pra qualquer sessão, a qualquer hora, é preciso chegar uma hora, quarenta e cinco minutos antes para não correr o risco de perder o filme. Pra vocês terem uma idéia, a sessão de Império dos Sonhos, do David Lynch, estava bem cheia! A sessão que eu fui de Meu Nome Não É Johnny, estrelado por Selton Melo, literalmente lotou. Em duas outras oportunidades eu não consegui assisitir a sessão.

- Clima: graças ao Papai do Céu aqui não faz o mesmo calor que em Porto Alegre no verão. Em São Paulo a temperatura não costuma passar muito de trinta graus e chove quase todo dia, uns cinco minutos que seja. Ainda sobre o clima, alguns paulistas perguntam se eu não estou sentindo muito o calor daqui. Eles acham que em Porto Alegre é frio o ano inteiro, chega até a ser engraçado.

- Jornais: o único jornal que eu li até agora, a Folha de São Paulo, não é muito diferente da Zero Hora em conteúdo, à exceção de umas revistas (literalmente) que saem encartadas em alguns dias da semana. Só que ler esse jornal, com o dobro do tamanho da ZH, não é tarefa das mais fáceis: eu imagino ser humanemente impossível ler no ônibus, por exemplo.

- Ônibus: eu ia falar de uma só vez de todos os meios de transporte, mas como existem grandes especificidades entre eles decidi separá-los. Os ônibus daqui não são muito diferentes dos de Poa: de modo geral, para os bairros de perfeiria são destinados os modelos mais antigos e, para os bairros de classe media e alta, os ônibus mais modernos. Peguei um que tinha quatro portas e dois lugares para cadeirantes, o que deixava o carro com uma lotação inferior aos dos de Porto Alegre. Como a população paulista é muito maior, se não houver ônibus com uma freqüência muito grande acho que deve haver superlotações nos coletivos. Ainda não vi nenhum com ar-condicionado.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tu imagina ser impossível ler a Folha num ônibus ou num metrô, mas pode ter certeza que logo tu vai encontrar alguém lendo... É que como aqui em Porto Alegre não tem jornal grande (formato standard) como a Folha, estranhamos muito. O Correio do Povo era assim até o início dos anos 80, quando fechou. Voltou a circular uns anos depois, no formato utilizado atualmente (tablóide).
Quanto ao calor: nunca fui a São Paulo, mas já sabia que poucos lugares são tão terríveis como Porto Alegre durante o verão... Se bem que esse ano tem sido até agora suportável, hoje está um pouco frio até!

Abraços

Laura disse...

Ta sentindo falta de alguma coisa de Porto Alegre?!

André disse...

É humanamente impossível ler a Folha de São Paulo no ônibus - na sala de aula eu já tinha diversos problemas com a logística do jornal.

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