30 de jul. de 2009

Aí não dá

Pelo menos 70% do Conselho de Ética é suspeito de irregularidades

A esperada benevolência do Conselho de êtica com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pode ser explicada, entre outras coisas, pela biografia de seus integrantes. Pelo menos 70% dos membros do colegiado são alvos de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), réus em ações penais e ou envolvimento com nepotismo e atos secretos nos últimos anos, segundo levantamento feito pela reportagem. Caberá a esses senadores decidir na terça-feira o destino dos pedidos de abertura de processo de cassação de Sarney.

Alguém imagina como isso vai terminar?

22 de jul. de 2009

Centenário maldito

"Parece que o ano do centenário finalmente alcançou o Inter."

Só pra constar, postagens novas no Imparciais.

21 de jul. de 2009

Frase do dia

"Por que tanta confusão com a não-obrigatoriedade do diploma para jornalista? O próprio jornalismo já não é obrigatório há muito tempo."

Do André, do Cataclisma 14.

20 de jul. de 2009

Sobre robôs, spams e comentários

Já faz dias que algum robô maldito de spams tem mandado sucessivos comentários para o Moldura. Isso é muito, muito chato, e pelo que conversei com algumas pessoas, não é exclusividade minha. Todos os dias, tenho que apagar dezenas de comentários toscos em inglês, com mensagens completamente inúteis. Cheguei até a apagar, por engano e tosquice, comentários reais. Por isso, decidi abortar os comentários do blog, pelo menos por um tempo. Assim, deixo de me incomodar com isso. Por ora, se você quiser fazer algum comentário, mande-o para molduradigital arroba gmail ponto com (está escrito desse jeito estranho justamente para evitar spams).

Malditos robôs, um dia ainda vão dominar o mundo...

17 de jul. de 2009

Um Link de Graça #6

Acho que vocês já sabem que eu adoro tirinhas. E também já devem saber que a Internet foi uma benção para quem gosta delas, porque permitiu que o mundo conhecesse o trabalho de muita gente boa.

Uma dessas pessoas é El Cerdo, quadrinista do Rio de Janeiro (o que tem na água daquele lugar pra formar tanta gente boa nisso?) que tem, com ideias simples, tirinhas muito boas. Abaixo, um pequeno exemplo, mas vai lá e dá uma olhada mais geral no trabalho do cara, principalmente na Chernobyl Family.

Grandes fantásticas criaturas incríveis do mundo animal

15 de jul. de 2009

Você é um bom observador?

Eu não.

14 de jul. de 2009

Entrevista Vírus Planetário: Marcelo Freixo

Caio Amorim: Explique um pouco mais porque você classifica o tráfico nas favelas como varejo da droga.

Marcelo Freixo: Porque é o varejo. O que se tem nas favelas não é o controle do grande comércio tanto da droga como da arma, que são ingredientes desse cenário em que pelo menos um terço da população do Rio está vivendo, é o ponto final de uma linha, por razões sociais, históricas e decisões políticas está tudo colocado ali. Ontem eu perguntei ao secretário de segurança (José Mariano Beltrame) na audiência pública, quando ele falava da apreensão de armas, onde as armas eram apreendidas. Se eram nos aeroportos, nos portos, nas estradas ou nas favelas. A maioria esmagadora das armas apreendidas era nas favelas. O que mostra claramente que é a polícia enxugando gelo, a rota das armas não é detida. Quem se beneficia com o alto lucro do comércio de armas e drogas não é quem está na favela. Quem está na favela faz o mecanismo do varejo, não tem definição melhor, pra atender uma lógica capitalista, neoliberal. Não há nada fora da lógica de mercado em relação às drogas. E nem há nada fora da relação do Estado. Essas áreas onde se há uma soberania questionada do Estado, territórios que não atendem à governança do Estado democrático de direito, se é que a gente pode dizer isso, são áreas que interessam quando precisam interessar. É só você ver o resultado da última eleição, qual é o candidato que ganha nas áreas exatamente dominadas pelo varejo da droga. É o candidato do governador, então não é uma área tão hostil assim. É uma área que tem o seu papel diante desse ordenamento político e econômico do Rio de Janeiro.

Trecho da entrevista com o deputado estadual pelo PSOL-RJ Marcelo Freixo, feita pela revista Vírus Planetário. A entrevista na íntegra tu acessa aqui.

13 de jul. de 2009

Então, viva o Enem!

Régis Gonzaga (Zero Hora, 12 de julho de 2009)

Quando o ministro da Educação disse que destinaria verbas especiais somente para as universidades que adotassem o Enem para selecionar seus candidatos, fiquei esperando a reação dos professores da Ufrgs, pois intervenções de tal ordem na autonomia universitária só ocorreram durante o Estado Novo e a ditadura militar.

Quando o MEC afirmou que o vestibular era uma prova apenas de “decoreba”, fiquei esperando pela manifestação das centenas de professores da Ufrgs que, no transcurso das últimas quatro décadas (exceção feita a curto período), prepararam incontáveis provas da mais alta competência, lisura e de justa avaliação dos vestibulandos, a tal ponto, que os ex-alunos desta universidade são hoje filósofos, médicos, políticos, administradores, engenheiros, cientistas e profissionais de todos os setores, disputados no mercado e reconhecidos por sua excelente formação.

Quando autoridades educacionais do MEC atacaram o conhecimento, numa fúria irracionalista, propondo uma prova de charadinhas ao invés de conteúdos, fiquei esperando pelo protesto dos doutores da UFRGS que se alçaram pelo culto ao saber, pela ânsia de informação, pelo esforço ilimitado, muitas vezes sacrificando sua vida pessoal, sua família, quando não a própria saúde, para que o conhecimento esclarecesse a realidade física ou espiritual em que todos estamos inseridos.

Fiquei também esperando pela manifestação dos professores de Letras, que durante anos lutaram pela implantação da lista de leituras obrigatórias; dos professores de História, que, com enormes dificuldades, conseguiram colocar elementos da formação rio-grandense nos tópicos do vestibular; dos professores de Engenharia, que só podem trabalhar com alunos que saibam o básico de álgebra, trigonometria, geometria etc.; dos professores de Medicina, que precisam de jovens com fortes noções de genética e fisiologia, e assim por diante.

Dado o silêncio geral, entendi que o ministro tinha razão. Que, ao contrário dos países desenvolvidos, aqui, em nossas escolas, há conhecimento demasiado, saberes inúteis, conteúdos tolos. Entendi que a memorização é um crime, que ter noções universais da ciência, das línguas, da história e da literatura é babaquice burguesa e que decorar a tabuada é uma violência contra pobres seres indefesos. Entendi que os pensadores iluministas (do século 18 ao século 20), que acreditavam na força da ilustração como elemento libertador do homem, eram apenas cavalgaduras face aos novos pedagogos da nação brasileira. Assim, o problema do nosso ensino não são os baixos salários, a ausência de reciclagem e motivação dos professores, as teorias pedagógicas estarrecedoras (e que não foram aplicadas em nenhum país próspero do mundo), a falta de reais e sedutores desafios cognitivos aos alunos etc. etc. etc. Não. O nosso problema é o conhecimento em demasia.

Sendo assim, só nos resta uma saudação: Viva o Enem!

10 de jul. de 2009

C***lho!!!

Bêbado é foda...

8 de jul. de 2009

Bizarramente hipócritas

A coisa é bastante óbvia: em Black or White, Michael Jackson fala, também, sobre si mesmo, declarando que não importa se ele era branco e virou negro, ou se era negro e virou branco, porque ainda é quem ele é. Infelizmente, foi uma daquelas mensagens que as pessoas acham bonito na hora mas se esquecem no minuto seguinte, tornando o ato de concordar com as palavras mais importante do que agir de acordo com elas. Qualquer atitude levemente diferente por parte de Michael Jackson era elevada à décima potência, tornando-se o estopim para que todos bradassem, do alto de suas inocências, que Jackson era doente. Que não era humano. A simples acusação de pedofilia já o tornou um pedófilo. Suas músicas foram deixadas de lado, e a pauta era encontrar qualquer coisa que pudesse ser noticiada nos tablóides como bizarra. Mais do que ver alguém chegar ao estrelato, as pessoas gostam de ver uma estrela cair.

No tributo de hoje foi dito publicamente a Michael tudo o que ele gostaria de ter ouvido em vida. Personalidades subiram ao palco e declararam aos quatro ventos que não havia nada errado com Jacko. Os microfones ecoaram palavras bonitas, e de uma hora pra outra todos viraram defensores ferrenhos do artista. Mas com exceção de um ou outro discurso, uma ou outra performance, foi uma cerimônia protocolar. Destemperada. Tudo indica que um palco foi construído às pressas para ser transmitido pela televisão e fazer as pessoas chorarem ao redor do mundo. Mais um show do que um tributo.

Esse trecho está lá no Cataclisma e resume bem o que eu penso sobre o espetáculo necrófilo que aconteceu em torno da morte do Rei do Pop. Michael Jackson foi O cara dentro do que se convencionou (graças e ele e à Madonna, basicamente) chamar de pop. Mas, dentro do que se convencionou chamar de vida, ele foi um coitado. Coitado porque teve que carregar ao longo de sua vida traumas obviamente causados por um pai autoritário e que enxergava nos seus filhos apenas máquinas de fazer dinheiro. Porque, ao ser alçado a um nível de sucesso nunca antes visto - e que, em nossa era de sucesso efêmero, talvez nunca mais seja visto -, teve que enfrentar um mundo em que cada peido seu era noticiado e muitas vezes aumentado. E se, para uma pessoa comum, já é difícil viver de forma "normal" entre tantos traumas e pressões, imagina para a maior celebridade dos anos 80. Sim, porque todos temos nossos problemas, todos temos nossas manias, todos temos nossas extravagâncias. As de Michael obviamente eram maiores do que as da maioria, mas talvez as minhas, as suas, também fossem maiores se tivéssemos o poder e o dinheiro que Michael teve para alimentá-las. Michael Jackson foi um coitado por não saber equilibrar suas extravagências, suas loucuras, com sua fama. Talvez ele acreditasse que as pessoas não fossem hipócritas a ponto de achar que ele era o único que tinha problemas, que ele fosse o único negro a querer ser branco, que ele fosse o único a querer morar em um lugar estranho, construído exatamente do jeito que ele quis, etc.

Entretanto, o que Michael não sabia (ou negava para si) é que o nosso mundo, como o conhecemos hoje, é construído na base da hipocrisia. Enquanto ele era acusado de pedofilia, ninguém falava a respeito do comportamento dos pais das crianças que o acusaram, que largaram deliberadamente seus filhos para dormirem junto com um estranho - muitos já cientes da primeira acusação de pedofilia contra o cantor. Se era realmente um pedófio, não sei. Vocês também não sabem. O que eu sei é o quanto foram hipócritas os meios de comunicação ao transformarem a vida de Michael Jackson em um circo, no que ele mesmo ajudou a aumentar com a coleção de bizarrices que não parecia tentar esconder. E talvez não as escondesse mesmo, justamente por imaginar que todos nós somos seres bizarros. Ou, como diria Caetano, que de perto ninguém é normal. Mas acontece que não somos só bizarros, somos bizarros e bizarramente hipócritas.

Aí esperam ele morrer para fazer todas as homenagens possíveis. Esperam ele morrer para comprar seus discos (depois da sua morte, ele está ocupando os 15 primeiros lugares das vendas de discos da Amazon), tudo o que poderia ter feito ele mais feliz EM VIDA. Ah, tá. Enquanto isso, muita gente ganha dinheiro em cima dele.

Bizarro.

Um Link de Graça #5

Eu adoro estes sites falsos que parecem verdadeiros. Tem vários casos, como o Super Hype (sobre o qual já comentei aqui e que infelizmente não tem mais recebido atualizações). Este que eu vou sugerir pra vocês é genial. Trata-se do site da Igreja Internacional, que conta com os maiores absurdos sobre os assuntos mais diversos possíveis que um religioso fervoroso como o Pastor Silas (ou o Pastor Moisés, lembram?). E olha que eu nem tenho certeza de que é falso mesmo, mas é tão absurdo que não pode haver outra explicação.

Leiam, vocês não vão se arrepender.

Vai lá

Só pra avisar, tem coisa nova no Imparciais. Vai lá!

7 de jul. de 2009

Eu sempre quis fazer isto

Tudo bem que é uma montagem (muito bem feita, por sinal), mas aí está uma das lacunas na minha formação:

1 de jul. de 2009

Imprensa fdp

A imprensa, de modo geral, adora criar uma polêmica. Porém, ninguém vence a imprensa esportiva.

Tem coluna nova lá no Imparciais, vai lá.

[REC]²

Eu não gosto de continuações. Tenho muito receio delas estragarem o que foi feito nos filmes originais. Exemplos não faltam, e os primeiros que me vem à cabeça é Bruxa de Blair 2 e Efeito Borboleta 2, que simplesmente não deveriam ter existido. Quando a continuação não é ruim, costuma ser apenas mais do mesmo, o que também não acrescenta nada à história original e, portanto, não precisaria existir. Raras são as continuações que realmente valem a pena; normalmente, tratam-se de filmes que já foram pensados durante a execução do primeiro, (De volta para o futuro II e III) ou de franquias (O Cavaleiro das Trevas). Por que isso? Porque normalmente uma continuação é apenas um caça-níqueis, uma forma de tentar ganhar mais dinheiro com uma coisa que deu certo.

Tudo isso para dizer que saiu o trailer da continuação do melhor filme de terror de 2007 (lançado aqui, com um atraso monumental, em 2008): [REC].



Achei que o trailer poderia ser do Doom. Estou com medo do trailer, e não é exatamente medo dos zumbis, mas do filme ser uma bomba. Agora é esperar...

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