Inter e os falsos favoritismos
Parabéns Internacional de Porto Alegre, campeão gaúcho invicto, mesmo com três Gre-Nais. Dito isso, vamos aos fatos:
Pena os estaduais não serem parâmetro para coisa alguma. É sempre assim: um time de algum estado destaca-se no seu respectivo campeonato estadual, enchendo os olhos dos comentaristas e da torcida. Aí, chega o Brasileirão, a Copa do Brasil, a Libertadores ou qualquer torneio que tenha pelo menos algum nível decente de competitividade para a realidade vir à tona: em uma escala estadual, aquela equipe era o máximo. Porém, ao se ver junto com equipes um pouco mais qualificadas, vê-se que ela não jogava aquela bola toda.
Exemplos não faltam, mesmo nesse ano: o Palmeiras era apontado, no início do Campeonato Paulista, como uma máquina, um time muito bem encaixado que maravilhava quem o assistia. Pois bem, nem bem começou a Libertadores e o time tomou saraivada atrás de saraivada, até acordar e começar a tentar lutar pela vaga no seu grupo - de forma muito tosca, nem de longe lembrando a ilusão coletiva que causou no início do ano.
O Grêmio, ao contrário, vai de vento em popa na Libertadores, apesar de ter tomado seguidas tundas no Gauchão. Porém, aí o efeito ilusório também se faz presente: o seu grupo na Libertadores é, pra dizer pouco, medonho, e o fato é que apenas quando o Grêmio pegar um time mais ou menos na competição é que poderemos ver até onde pode chegar - porque, nunca é demais lembrar, não ganhou nenhum jogo que disputou no ano contra o único time de ponta que enfrentou: o Colorado, vejam só.
Nem vou falar do Cruzeiro, Sport, Flamengo, etc., promessas que há alguns anos vêm apenas servindo para serem... promessas, ganhando apenas títulos estaduais. Ou de jogadores como Diego Tardelli, Keirrisson, Obina, Maicossuel e outros que, além de compartilharem nomes horrorosos partilham da mesma expectativa dos seus torcedores de que podem chegar facilmente à Seleção Brasileira.
E é com o Inter que terminarei essa postagem; no ano passado, vencemos o Gaúchão com uma goleada vistosa sobre uma equipe ainda na série A do Brasileiro (Inter 8 x 1 Juventude). Pois bem, ficamos só nesse título até o último quarto do ano, quando o time finalmente se encaixou e conseguiu vencer a Copa Sul-Americana - ótimo título, aquele de deu ao Inter a alcunha de "Campeão de tudo", mas que eu trocaria fácil fácil pelo título brasileiro. E, em 2009, a história se repete, de forma até melhor - a mesma goleada na final (8 x 1, desta vez contra uma equipe da Série C). Porém, a única derrota da equipe no ano se deu contra uma equipe quase inexistente na Copa do Brasil, que garantiu o segundo jogo - em que o Inter passou com as calças na mão, é bom que se lembre disso. Além disso, não conseguiu ganhar por mais de dois gols do fortíssimo Guarani, recém rebaixado para a 2ª divisão do Paulista.
Não estou dizendo com isso que o Inter é fraco, não vai vencer nada, etc. Apenas gostaria de ver mais resultados e menos empolgação entre os clubes e as torcidas. Até é possível que o Grêmio vença a Libertadores, o Inter vença a Copa do Brasil e o Brasileirão (báááá) e o Diego Tardelli seja o artilheiro disparado do Campeonato Brasileiro. Mas, até chegar esse momento, o tudo terá de ser provado dentro das quatro linhas. Até porque, por exemplo, o São Paulo não ganhou o Paulista nos últimos três anos, exatamente o período em que foi tricampeão brasileiro.
Pena os estaduais não serem parâmetro para coisa alguma. É sempre assim: um time de algum estado destaca-se no seu respectivo campeonato estadual, enchendo os olhos dos comentaristas e da torcida. Aí, chega o Brasileirão, a Copa do Brasil, a Libertadores ou qualquer torneio que tenha pelo menos algum nível decente de competitividade para a realidade vir à tona: em uma escala estadual, aquela equipe era o máximo. Porém, ao se ver junto com equipes um pouco mais qualificadas, vê-se que ela não jogava aquela bola toda.
Exemplos não faltam, mesmo nesse ano: o Palmeiras era apontado, no início do Campeonato Paulista, como uma máquina, um time muito bem encaixado que maravilhava quem o assistia. Pois bem, nem bem começou a Libertadores e o time tomou saraivada atrás de saraivada, até acordar e começar a tentar lutar pela vaga no seu grupo - de forma muito tosca, nem de longe lembrando a ilusão coletiva que causou no início do ano.
O Grêmio, ao contrário, vai de vento em popa na Libertadores, apesar de ter tomado seguidas tundas no Gauchão. Porém, aí o efeito ilusório também se faz presente: o seu grupo na Libertadores é, pra dizer pouco, medonho, e o fato é que apenas quando o Grêmio pegar um time mais ou menos na competição é que poderemos ver até onde pode chegar - porque, nunca é demais lembrar, não ganhou nenhum jogo que disputou no ano contra o único time de ponta que enfrentou: o Colorado, vejam só.
Nem vou falar do Cruzeiro, Sport, Flamengo, etc., promessas que há alguns anos vêm apenas servindo para serem... promessas, ganhando apenas títulos estaduais. Ou de jogadores como Diego Tardelli, Keirrisson, Obina, Maicossuel e outros que, além de compartilharem nomes horrorosos partilham da mesma expectativa dos seus torcedores de que podem chegar facilmente à Seleção Brasileira.
E é com o Inter que terminarei essa postagem; no ano passado, vencemos o Gaúchão com uma goleada vistosa sobre uma equipe ainda na série A do Brasileiro (Inter 8 x 1 Juventude). Pois bem, ficamos só nesse título até o último quarto do ano, quando o time finalmente se encaixou e conseguiu vencer a Copa Sul-Americana - ótimo título, aquele de deu ao Inter a alcunha de "Campeão de tudo", mas que eu trocaria fácil fácil pelo título brasileiro. E, em 2009, a história se repete, de forma até melhor - a mesma goleada na final (8 x 1, desta vez contra uma equipe da Série C). Porém, a única derrota da equipe no ano se deu contra uma equipe quase inexistente na Copa do Brasil, que garantiu o segundo jogo - em que o Inter passou com as calças na mão, é bom que se lembre disso. Além disso, não conseguiu ganhar por mais de dois gols do fortíssimo Guarani, recém rebaixado para a 2ª divisão do Paulista.
Não estou dizendo com isso que o Inter é fraco, não vai vencer nada, etc. Apenas gostaria de ver mais resultados e menos empolgação entre os clubes e as torcidas. Até é possível que o Grêmio vença a Libertadores, o Inter vença a Copa do Brasil e o Brasileirão (báááá) e o Diego Tardelli seja o artilheiro disparado do Campeonato Brasileiro. Mas, até chegar esse momento, o tudo terá de ser provado dentro das quatro linhas. Até porque, por exemplo, o São Paulo não ganhou o Paulista nos últimos três anos, exatamente o período em que foi tricampeão brasileiro.
3 comentários:
Excelente post!
Pois além da ótima análise, é a PRIMEIRA VEZ que eu vejo um colorado reconhecer que trocaria o título da Sul-Americana pelo Brasileirão. É o óbvio: o Inter se empenhou em conquistar a Sul-Americana por ter saído da disputa pelo título brasileiro em 2008.
(Jorge Nogueira)
Caro Valter: qq pessoa q conhece o mínimo de futebol sabia q aquele time do Palmeiras era mentiroso. Time q tem como craque o Cleiton Xavier se pode esperar o q?
É diferente do Inter. O Inter ñ começou o ano atropelando todo mundo. Começou empatando no Beira-Rio com o Sta Cruz. Depois foi crescendo e agora parece estar encaixado.
Vejo diferente do ano passado. Na Copa do Brasil, no jogo do Recife, o Inter foi desfalcado e ainda no decorrer da partida teve mais desfalques. Entrou o reserva do reserva. Até Derley entrou no time. Se serve de consolo, perdemos pro campeão.
Daí no começo do Brasileirão foram vários jogadores importantes embora, além do treinador. O trabalho da diretoria teve de começar novamente com reposição de peças. Até q elas encaixassem...
Mas para mim o principal personagem q colocou ordem na casa foi o Fernando Carvalho. E este ano ele está desde o começo.
O seu alerta é pertinente mas acredito q este ano será diferente. Ganhamos o Gauchão e deveremos ganhar mais títulos ainda!
Um colorado sensato! Tomara que não existam muitos mais por aí, principalmente na diretoria do Inter.
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