14 de abr. de 2009

Carlos Simon x Eduardo "Peninha" Bueno

Texto que eu extraí integralmente do excelente Blog do Juca, e de onde pode-se tirar uma série de discussões a respeito de arbitragens e sua aura imaculada, liberdade de expressão, erros humanos ou falhas propositais, enfim, muita conversa de bar:

Em seu livro "Grêmio: Nada pode ser maior", o escritor Eduardo Bueno, o Peninha, escreveu, no tom jocoso que caracteriza quase todo o livro, que tem até uma homenagem aos brucutus, em sua primeira linha, que "Futebol-arte, todo mundo sabe, é coisa de veado".


Escreveu, também, que o assoprador de apito Carlos Eugênio Simon fazia parte da "infame estirpe dos juízes que surrupiaram o Grêmio". Por isso foi processado. E perdeu. O que o levou a distribuir o texto abaixo:

Por EDUARDO "PENINHA" BUENO

Depois de quase dois anos de trâmites, o processo que o apitador Carlos Simon moveu contra mim encerrou-se, em primeira instância, nessa última "quinta-feira santa".

Fomos, a editora Ediouro, que publicou o livro "Grêmio: Nada pode ser maior", de minha autoria, e eu próprio, condenados a pagar cerca de R$ 15 mil ao referido apitador.

Não sei ainda qual a opinião da editora, mas estou enviando esse email para revelar, de público, que, embora ainda caiba recurso, faço questão de "desembolsar" a supracitada quantia, já que considero quase um galhardão, um prêmio, um presente ser processado por alguém da estatura e do currículo de Carlos Simon.

Por vários motivos:

1) Porque tenho a esperança de que o referido profissional use o dinheiro para fazer cursinhos de atualização em arbitragem, de forma que passe a errar menos, em especial contra o Grêmio;

2) Porque me inspirou para escrever o livro "Os erros de Carlos Simon", que será lançado em breve, com a disposição altruísta de que a rememoração do extenso rol de suas falhas o leve aprimorar-se em sua profissão e não marcar mais impedimento em cobrança de lateral;

3) Porque descobri que Ricardo Teixeira e a Comissão de Arbitragem da CBF– que eu desconhecia serem letrados – leram (oh, espanto!) meu livro "Grêmio: Nada pode ser maior".
Como costumo tratar bem meus leitores, vou enviar-lhes um exemplar da nova obra . Enviarei um também para a Confederação de Futebol de Gana, onde Simon é muito admirado;

4) Porque o caso me inspirou a criar um site, errosdesimon.com. aberto à atualizações do público em geral, já que o livro não conseguirá acompanhar a rapidez com que o panorama se modifica;

5) Porque vou reescrever o livro "Grêmio: Nada pode ser maior", extraindo a frase capada pela justiça e, no lugar dela, acrescentar um apêndice com todos os erros do supracitado árbitro contra o Grêmio – sempre na tentativa de que ele se aprimore. O livro já vendeu 23 mil exemplares, mas sei que a torcida do Grêmio comprará muito mais da nova edição;

6) Porque disposto a ajudá-lo a se aprimorar também na profissão de jornalista – que diz exercer, embora eu nunca tenha lido nem mesmo a frase "Ivo viu a uva" escrita por ele -, venho lançar de público um desafio: ele escreve um livro e eu apito um Grenal e veremos quem erra menos. (Desde criança, meu sonho sempre foi apitar um Grenal...). Se o desafio for considerado despropositado, sugiro então um debate público sobre o tema: "O que leva uma criança a decidir ser juiz de futebol?" Ou então sobre a inquietante questão "Quem somos, de onde viemos e para onde vamos".

7) Por fim, porque tal processo com certeza unirá nossas trajetórias profissionais por um bom tempo e haverá de servir de estímulo para nos aprimorarmos mutuamente no exercício de nossas atividades – levando ainda mais longe o nome do nosso amado Rio Grande.

E, se, porventura, as obras que pretendo escrever sobre o referido árbitro – sempre, repito, no intuito de aprimorá-lo no exercício de sua dura faina – vierem, por algum motivo, a ser censuradas, os processos daí decorrentes certamente irão deflagrar estimulante debate sobre os limites da liberdade de expressão e de opinião.

Tenho certeza de que esse será um tema instigante, cujo desenrolar haverá de colaborar para amadurecimento da nação.

2 comentários:

André disse...

3) Porque descobri que Ricardo Teixeira e a Comissão de Arbitragem da CBF– que eu desconhecia serem letrados – leram (oh, espanto!) meu livro "Grêmio: Nada pode ser maior".

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Gênio.

Mario disse...

Peninha não é um cara pra ser levado a sério. Oportunista, se lesse esse comentário com certeza me processaria. Agora ele pode chamar o Simon de ladrão e o fato ser processado é cercear a "liberdade de expressão"??
Tema instigante que irá colaborar para o amadurecimento da nação ? Não é algo que o sr. Eduardo Bueno seja capaz, por mais que se esforce !!!

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