VMB 2008
Ontem era um daqueles dias que eu estava com vontade de ver TV, mas não tinha nada que prestasse. Eis que vejo que em pouco tempo ia começar o Video Music Brasil, premiação da MTV que eu acompanhei durante muito tempo na minha adolescência. Tá aí, vou assistir. Assisti e agora passo para vocês algumas impressões:
- O Marcelo Adnet é muito bom mesmo. Além de ter o melhor programa da MTV na atualidade (o 15 Minutos) e saber imitar uma porrada de gente, o cara tem uma capacidade de improvisação fantástica, testada e comprovada na noite de ontem, quando foi desafiado em cada final de bloco a cantar com uma voz escolhida na hora e com algumas frases pré-determinadas também na hora.
- Colocar qualquer um para apresentar prêmio é foda. Se houvesse premiação para pior apresentação de prêmio ontem, certamente ela iria para Cesar Cielo e Fofão, que protagonizaram uma dupla sem o menor timing para falar a piada que estava ensaiada - que já era, ao natural, péssima.
- Programa ao vivo é sempre uma tentação para dar merda, e premiação da MTV ao vivo ainda mais, por causa das inconstâncias dos artistas. Quem não se lembra, por exemplo, do piti do Caetano Veloso no VMB de 2004? Bom, e o que não faltou nessa edição do VMB foram momentos de vergonha alheia lamentáveis que desde já entraram para a história da premiação. Em primeiro lugar, a apresentação do Bloc Party, sensação indie que a MTV anunciou aos quatro ventos como grande atração internacional da festa. Quando eu vi, não acreditei: os caras entraram e fizeram um playback horroroso, de fazer a Britney Spears ficar vermelha de vergonha! Na primeira música (sim, porque eles ainda tocaram outra...) eles estavam completamente desanimados e dava para ver claramente que não era ao vivo, porque a boca do vocalista não acompanhava o som, assim como os movimentos do baterista - que, aliás, exibiu um look de dar inveja ao Freddie Mercury. Fim da primeira música, vaias do público. E eu com aquela sensação de vergonha alheia pelos caras, pela MTV, pelo cara que teve essa idéia idiota, na verdade eu estava com vergonha alheia por sei lá quem, porque a culpa era de todo mundo ali mesmo... Começa a segunda música, o vocalista Kele Okereke tira a guitarra e começa a sair correndo pela platéia (talvez na tentativa de agitar o público, talvez para fugir dali, não sei), cantando de forma ridícula a música - em playback, claro. Enquanto isso, as câmeras focalizavam os outros integrantes, que tocavam seus instrumentos de forma air* de uma maneira ridícula e descompromissada. Quando não podia ficar pior, eis que o vocalista está voltando para o palco, erra o passo e CAI no espaço entre a platéia e o público... Lamentável. Termina a segunda música, vaias maiores. EU já queria me esconder naquele momento, quando o Marcos Mion, apresentador da noite, entra no palco e solta um irônico "quem sabe faz ao vivo", ganhando aplausos da platéia e completando "ah, vocês também notaram? Achei que só eu tivesse percebido".
- Outro momento lamentável foi a apresentação de uma banda que eu não conhecia, o Bonde do Rolê. Cara, aquilo é muito ruim, parece uma esquete do Hermes e Renato, só que de verdade. Auxiliados (?) pela péssima equalização que existe em TODAS as edições do VMB, os integrantes do grupo estavam acompanhados de uns caras bombados e cantaram três músicas (Deus...) que, felizmente, não tinham como ter suas letras ouvidas. Um tempo depois da apresentação foi a vez de a MTV anunciar o prêmio de Artista do Ano e darem a vitória ao NX Zero. Até aí tudo bem, os caras comemoram e vão em direção ao palco para agradecer. Então vem uma mulher do nada querendo pegar o microfone dos caras, que a empurram para o público (o vocalista do NX Zero ainda soltou um "ó o mosh, galera") e continuam o discurso. A mulher volta pro palco e tenta pegar de novo o microfone. Quando finalmente ela consegue se apropriar do dito cujo, grita - grita não, berra - "vocês roubaram o nosso prêmio"! Então eu a reconheço: é uma das integrantes do Bonde do Rolê! Mais nonsense que isso, só dois disso.
- Só pra constar, estou desatualizado em relação às bandas do momento, mesmo as gringas. Quando anunciaram o vencedor do prêmio de Banda Internacional, não tinha a menor idéia de quem era Paramore e o que eles tocavam. Aliás, continuo sem saber.
- Para encerrar a noite, a MTV fez um especial a la "We are the world", com vários artistas nacionais cantando "Furfles feelings", música genérica que o Marcelo Adnet criou em uma das edições do 15 Minutos e que deu tão certo que valeu esse encerramento. Muito legal a idéia, que diminuiu um pouco a minha sensação de vergonha alheia que me tomou ao longo da premiação.
* forma air é aquele jeito que algumas pessoas tocam, quando não têm o instrumento nas mãos, fazendo mímica. Mais informações aqui.
- O Marcelo Adnet é muito bom mesmo. Além de ter o melhor programa da MTV na atualidade (o 15 Minutos) e saber imitar uma porrada de gente, o cara tem uma capacidade de improvisação fantástica, testada e comprovada na noite de ontem, quando foi desafiado em cada final de bloco a cantar com uma voz escolhida na hora e com algumas frases pré-determinadas também na hora.
- Colocar qualquer um para apresentar prêmio é foda. Se houvesse premiação para pior apresentação de prêmio ontem, certamente ela iria para Cesar Cielo e Fofão, que protagonizaram uma dupla sem o menor timing para falar a piada que estava ensaiada - que já era, ao natural, péssima.
- Programa ao vivo é sempre uma tentação para dar merda, e premiação da MTV ao vivo ainda mais, por causa das inconstâncias dos artistas. Quem não se lembra, por exemplo, do piti do Caetano Veloso no VMB de 2004? Bom, e o que não faltou nessa edição do VMB foram momentos de vergonha alheia lamentáveis que desde já entraram para a história da premiação. Em primeiro lugar, a apresentação do Bloc Party, sensação indie que a MTV anunciou aos quatro ventos como grande atração internacional da festa. Quando eu vi, não acreditei: os caras entraram e fizeram um playback horroroso, de fazer a Britney Spears ficar vermelha de vergonha! Na primeira música (sim, porque eles ainda tocaram outra...) eles estavam completamente desanimados e dava para ver claramente que não era ao vivo, porque a boca do vocalista não acompanhava o som, assim como os movimentos do baterista - que, aliás, exibiu um look de dar inveja ao Freddie Mercury. Fim da primeira música, vaias do público. E eu com aquela sensação de vergonha alheia pelos caras, pela MTV, pelo cara que teve essa idéia idiota, na verdade eu estava com vergonha alheia por sei lá quem, porque a culpa era de todo mundo ali mesmo... Começa a segunda música, o vocalista Kele Okereke tira a guitarra e começa a sair correndo pela platéia (talvez na tentativa de agitar o público, talvez para fugir dali, não sei), cantando de forma ridícula a música - em playback, claro. Enquanto isso, as câmeras focalizavam os outros integrantes, que tocavam seus instrumentos de forma air* de uma maneira ridícula e descompromissada. Quando não podia ficar pior, eis que o vocalista está voltando para o palco, erra o passo e CAI no espaço entre a platéia e o público... Lamentável. Termina a segunda música, vaias maiores. EU já queria me esconder naquele momento, quando o Marcos Mion, apresentador da noite, entra no palco e solta um irônico "quem sabe faz ao vivo", ganhando aplausos da platéia e completando "ah, vocês também notaram? Achei que só eu tivesse percebido".
- Outro momento lamentável foi a apresentação de uma banda que eu não conhecia, o Bonde do Rolê. Cara, aquilo é muito ruim, parece uma esquete do Hermes e Renato, só que de verdade. Auxiliados (?) pela péssima equalização que existe em TODAS as edições do VMB, os integrantes do grupo estavam acompanhados de uns caras bombados e cantaram três músicas (Deus...) que, felizmente, não tinham como ter suas letras ouvidas. Um tempo depois da apresentação foi a vez de a MTV anunciar o prêmio de Artista do Ano e darem a vitória ao NX Zero. Até aí tudo bem, os caras comemoram e vão em direção ao palco para agradecer. Então vem uma mulher do nada querendo pegar o microfone dos caras, que a empurram para o público (o vocalista do NX Zero ainda soltou um "ó o mosh, galera") e continuam o discurso. A mulher volta pro palco e tenta pegar de novo o microfone. Quando finalmente ela consegue se apropriar do dito cujo, grita - grita não, berra - "vocês roubaram o nosso prêmio"! Então eu a reconheço: é uma das integrantes do Bonde do Rolê! Mais nonsense que isso, só dois disso.
- Só pra constar, estou desatualizado em relação às bandas do momento, mesmo as gringas. Quando anunciaram o vencedor do prêmio de Banda Internacional, não tinha a menor idéia de quem era Paramore e o que eles tocavam. Aliás, continuo sem saber.
- Para encerrar a noite, a MTV fez um especial a la "We are the world", com vários artistas nacionais cantando "Furfles feelings", música genérica que o Marcelo Adnet criou em uma das edições do 15 Minutos e que deu tão certo que valeu esse encerramento. Muito legal a idéia, que diminuiu um pouco a minha sensação de vergonha alheia que me tomou ao longo da premiação.
* forma air é aquele jeito que algumas pessoas tocam, quando não têm o instrumento nas mãos, fazendo mímica. Mais informações aqui.
Um comentário:
Cara, foram RIDÍCULOS os shows do Bloc Party e do Bonde do Rolê. Quando vi o playback do primeiro, achei que nada ia superar... mas ae entrou essa maldita banda depois... PQP, e tem gente que gosta!
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