Religião não praticante (IV)
Ao ler o comentário do Rodrigo na última postagem, tive vontade de fazer um adendo. Ia escrever um comentário, mas como ele ficou grande vai como uma postagem mesmo.
Em um trecho do seu comentário ele diz que "boa parte dos que se dizem católicos afirmam o serem para estar em sintonia com a 'maioria da população do país'". Concordo absolutamente, é o tal "Maria-vai-com-as-outras" que eu falei. Esse trecho do comentário dele é ótimo pois nos mostra um aparente paradoxo: se tu for ver, na verdade a maioria da população do país cria uma maioria (que é aquela que elas querem pertencer) que não existe (a de supostos católicos), mas que acaba existindo de forma teórica e que influencia a vontade da maioria em ter uma religião. Se ficou confuso, usarei um exemplo numa escala micro: se somos quatro pessoas numa sala (Eu Mesmo, João, Pedro e Paulo, para exemplificar) e eu acredito que os outros três são católicos, vou dizer que também sou católico para ficar em sintonia com eles. Se o Paulo não é católico de repente acredita que nós três somos, vai fazer o mesmo. Idem com Pedro e com João. Logo, seremos quatro não-católicos numa sala de quatro católicos.
Maluco, né?
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