7 de nov. de 2007

O por quê dos países em desenvolvimento

(Foto: Saurabh Das/AP)

Isso é notório, mas é sempre bom informar: boa parte das grandes empresas européias e norte-americanas faz uso de um expediente um tanto quanto desumano para poder lucrar mais: uma considerável parcela do trabalho manual para a confecção de seus produtos é terceirizada nos chamados "países em desenvolvimento", principalmente na Ásia. O principal argumento é a utilização de mão-de-obra mais barata, o que diminuiria os custos, mas existe um motivo maior escondido aí, que diminui os custos a um ponto totalmente excelente para as grandes marcas dos países desenvolvidos: o aproveitamento de crianças e o trabalho escravo. Nenhuma dessas empresas estimula esse tipo de atividade, mas também não faz a menor questão de saber de onde sai aquela produção extremamente barata que contratam. Isso, aliado a questões próprias dos locais que são contratados, faz com que esse tipo de prática prolifere-se a cada dia no mundo. A Nike já foi acusada disso, e agora a mais nova envolvida é a GAP, num episódio em que uma de suas fábricas na Índia sofreu uma batida e ficou comprovado o uso de crianças de até dez anos trabalhando na confecção de roupas. O melhor dessa estratégia das grandes corporações é que basta alegar que não sabiam de nada para que tudo fique por isso mesmo (aprendeu bem, né Lula?). O que fazer para solucionar o problema? Não sei, sinceramente. Só sei que é ingenuidade esperar que a solução venha das empresas. Alguém tem alguma sugestão?

Um comentário:

André disse...

Eu tenho uma: os cientistas poderiam inventar um remédio chamado "Consciência", e aí o sujeito receberia a dosagem adequada ao seu comportamento.

Claro, os cientistas iriam patentear e vender a um preço absurdo, principalmente nos países de terceiro mundo, onde a exploração...

É, pensando bem, nao tenho uma sugestão.

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