20 de mai. de 2007

Mentalidade de Época (3)


Dessa vez quero mostrar como o jornalismo, de vez em quando, tende a dar uma de Nostradamus e tenta adivinhar o futuro. Normalmente isso se dá com base em dados quase certos (isso é bem comum no futebol: "o Santos ganha certo do América-RN na Vila Belmiro"), mas que obviamente nem sempre acontecem. Um exemplo que retirei da Zero Hora de 1967 é a série de reportagens que esse jornal fez sobre a Guerra do Vietnã, que estava em pleno vapor naquela época e que ninguém sabia como ia acabar. Não sei se para vender mais jornal ou se pela nossa mórbida vontade de assistir catástrofes (talvez pelas duas coisas), os caras anunciavam a Guerra como "ante sala da 3ºGuerra Mundial". Claro que é covardia criticar essa previsão hoje, visto que sabemos que isso não aconteceu. A questão não é essa; é que muitas vezes isso ainda acontece, e o que é pior, muitos leitores reproduzem o discurso "nostradâmico". Afinal, os meios de comunicação são compostos de "formadores de opinião", cujas opiniões parecem vir já isentas de qualquer crítica ou dúvida por parte das pessoas que as recebem. Logo, nós a recebemos, concordamos com ela e passamos a reproduzi-las ad infinitum.

Enfim, esse post é uma sugestão para pensar um pouco sobre aquilo que a gente lê, escuta e vê por aí. Pensar antes de apreender informação sempre é bom.

2 comentários:

Anônimo disse...

Os meios de comunicação são compostos não só por 'formadores de opinião' como tb por 'formadores de opinião com opiniões mal formadas' - vide boa parte do grupo zh.

Rodrigo disse...

É igual ao que diziam sobre o Lula: que se ele fosse eleito o país ficaria um caos (como se já não estivesse), que a economia ia pro beleléu... E nada disso aconteceu até agora.

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