Boicotes
Se me fosse pedido para escolher uma – e apenas uma – convicção para levar vida afora, hoje eu escolheria, sem sombra de dúvida, a de que o boicote é a melhor arma de pressão que o cidadão comum possui. Porém, pelo menos no caso dos brasileiros, ele quase nunca é utilizado, normalmente sob o pretexto de que “não adianta nada fazer a minha parte sozinho”.
No nosso mundinho capitalista de hoje, a única coisa que atinge as pessoas – as grandes corporações mais ainda – está ligada ao dinheiro. É quando se deixa de ganhar que se sente. Uma das formas de protesto que atinge o bolso das corporações é a destruição, o quebra-quebra. Entretanto, os sucessivos ataques terroristas recentes acabaram com o glamour desses atos de revolta, ligando-os à violência, ao caos e – por que não – a um ar meio ultrapassado.
Parece que a única forma de atingir o bolso sem infringir a lei é mesmo o boicote. Quer um exemplo prático? Os cambistas. TODO MUNDO reclama deles, mas quando alguém precisa de ingresso e não encontra mais nos postos de venda vai correndo comprar com um cambista. Agora pensem comigo: se ninguém nunca mais comprasse nenhum ingresso de nenhum cambista, o que aconteceria? Essa profissão (profissão?) entraria em um rápido processo de extinção e sobrariam mais ingressos nas bilheterias. Isso porque os caras não teriam para quem vender e morreriam com os ingressos nas mãos.
Infelizmente, os brasileiros – para não dizer os seres humanos – parecem não estar acostumados a boicotar; basta ver alguma coisa que sintam necessidade de comprar que a compram, simples assim. E enquanto isso somos obrigados a agüentar o ótimo tratamento que as empresas dão aos seus clientes, particularmente as empresas de telefonia fixa e de celular, os planos de saúde, empresas de cartão de crédito e vááárias lojas comerciais e suas propagandas com letras minúsculas.
Pois bem. Dito isso, trago a vocês uma sugestão de boicote, se quiserem começar a treinar para algo sério: trata-se do boicote à Cicarelli. Essa rapariga conseguiu a façanha de fazer com que o Youtube fosse fechado pelos servidores nacionais. Isso em si não é nada de mais, visto que é possível acessá-lo por vários meios. O problema nesse caso é mais embaixo: trata-se de um ato de censura pelo fato de que a “privacidade” de uma pessoa – no caso, uma “celebridade” – que estava dando em um local público – uma praia – foi atingida. Mais informações sobre o boicote aqui.
UPDATE: o Youtube voltou a poder ser acessado de servidores do Brasil. Viram como é fácil?
No nosso mundinho capitalista de hoje, a única coisa que atinge as pessoas – as grandes corporações mais ainda – está ligada ao dinheiro. É quando se deixa de ganhar que se sente. Uma das formas de protesto que atinge o bolso das corporações é a destruição, o quebra-quebra. Entretanto, os sucessivos ataques terroristas recentes acabaram com o glamour desses atos de revolta, ligando-os à violência, ao caos e – por que não – a um ar meio ultrapassado.
Parece que a única forma de atingir o bolso sem infringir a lei é mesmo o boicote. Quer um exemplo prático? Os cambistas. TODO MUNDO reclama deles, mas quando alguém precisa de ingresso e não encontra mais nos postos de venda vai correndo comprar com um cambista. Agora pensem comigo: se ninguém nunca mais comprasse nenhum ingresso de nenhum cambista, o que aconteceria? Essa profissão (profissão?) entraria em um rápido processo de extinção e sobrariam mais ingressos nas bilheterias. Isso porque os caras não teriam para quem vender e morreriam com os ingressos nas mãos.
Infelizmente, os brasileiros – para não dizer os seres humanos – parecem não estar acostumados a boicotar; basta ver alguma coisa que sintam necessidade de comprar que a compram, simples assim. E enquanto isso somos obrigados a agüentar o ótimo tratamento que as empresas dão aos seus clientes, particularmente as empresas de telefonia fixa e de celular, os planos de saúde, empresas de cartão de crédito e vááárias lojas comerciais e suas propagandas com letras minúsculas.
Pois bem. Dito isso, trago a vocês uma sugestão de boicote, se quiserem começar a treinar para algo sério: trata-se do boicote à Cicarelli. Essa rapariga conseguiu a façanha de fazer com que o Youtube fosse fechado pelos servidores nacionais. Isso em si não é nada de mais, visto que é possível acessá-lo por vários meios. O problema nesse caso é mais embaixo: trata-se de um ato de censura pelo fato de que a “privacidade” de uma pessoa – no caso, uma “celebridade” – que estava dando em um local público – uma praia – foi atingida. Mais informações sobre o boicote aqui.
UPDATE: o Youtube voltou a poder ser acessado de servidores do Brasil. Viram como é fácil?
3 comentários:
kra...já conversamos diversas vezes sobre esse assunto e vc sabe que concórdo contigo. Mas na real, infelizmente, é uma solução utópica! Seria quase que como reeducar a maior parte de uma população que nunk foi educada!!! Mas quem sabe, um dia, mesmo que nos mais distântes sonhos... essa atitude venha a se tornar realidade...e todos contribuiremos pra uma sociedade mais justa!!!
Abraço...Falooooooow.
assunto paralelo:
http://tudoqueearidodesmanchanosol.blogspot.com/2006/12/boicote.html
Cara
achei muito bom o comentário do Tutty Vasques sobre esse boicote da Vacarelli:
"O que tem de gente que nunca assistiu ao programa de Daniella Cicarelli na MTV aderindo ao boicote ao programa de Daniella Cicarelli na MTV dá bem uma idéia das conseqüências da briga da apresentadora com o You Tube."
Na verdade, discordo dele quanto às consequencias; mas vi muita gente que não consome MTV boicotando a MTV.
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